Existe uma árvore, a dos amores, riscada e abençoada pelos deuses do amor. No mapa, ela some, se perdeu em lendas e mitos, mas se é um tesouro procurado pelos os últimos românticos do mundo, porque dizem que quando um amor se promete bem debaixo dela, ele se torna eterno.
Mas essa história não é sobre aventura ou desbravamento de mares em busca do tesouro. Nessa pequena história, temos apenas uma criatura solitária; um duende que protege a preciosidade, de pele verdinha e olhos eternamente azuis, tristemente guarda a árvore de qualquer mal-intencionado que dela quer tirar pedaço, desenha em sua terra dos mais belos desenhos, canta das mais belas canções e faz as mais incríveis poesias, porém de aparência feia afasta qualquer invasor, todas noites encanta a árvore com seu canto.
“Amor, este que a ti prometo
este que me acalma ao alento
dou meus pedaços de mim a ti
lhe entrego o amor que prometi”
Por assim na noite inteira canta, sua guarda nunca baixa, mal sabe ele, que em todas as noites uma fada, belíssima de cabelos noturnos e olhos estelares, o observa com o coração cheio de amor, amando-o em segredo. Foi numa noite tristonha, encostado na árvore do amor com seu cântico, que a fada se aproximou, sentou-se ao seu lado sem ele notar e se encostou na árvore.
— Este amor, que tanto dedica… É para alguém?
A pergunta foi feita, assustando o duende, que desafinou o seu canto. Olhou para a fada e fez uma carranca para assustá-la, mas fada sorriu cheia de amor.
— Não… Uma declaração simples e dolorosa, o duende feio não mentia, ele era honroso e disso sabia. Um sorriso ficou nos lábios da fada que carrega o luar em beleza, por a lua também ser guardiã das mais belas promessas e canções de amor.
— Também não tenho um amor.
Por assim, se passaram dias, meses, séculos, e a conversa nunca se perdeu, eles se apaixonaram na árvore do amor, por muito tempo nenhum cedeu, e de uma simples paixão virou um duradouro amor. Foi num dia 12 de junho que ela sorriu para o feioso, debaixo daquela árvore.
— Eu amo você, quero namorar contigo pela eternidade. — Foi singelo, simples, não teve enfeites, mas a surpresa do duende foi tamanha. — Aceite?
— Sim.
✍️ Conto por: Theyt (@escritora_th)
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